terça-feira, 16 de novembro de 2010

Banco de pedra

Google imagens: Banco de pedra no asilo Saint-Remy, Vang Gogh
O peso de meu corpo é insuportável
Comparado à leveza do nada.
Meus pés se arrastam cambaletantes,
E eu não posso resistir-lhe.
Meu suor embebeda-me a alma, outrora calma.
Me rendo, enfim, à frieza de um banco de pedra,
E meu corpo repousa, completamente só.
Um desconhecido se aproxima, e me observa.
Meu cansaço toma conta de mim e sou incapaz de ver
através de meus olhos secos de lágrima.
Este desconhecido sou eu, desencantado,
observando a beleza sepulcral do nada,
Na frieza vazia de um banco de pedra.

(Victor Zanata)

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